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Ariana Julião destaca as conquistas da Secretaria de Saúde de Itaquaquecetuba

Em entrevista exclusiva ao Diário Itaquá, secretária falou sobre o trabalho desenvolvido para cuidar da população e os desafios com o atendimento especializado, a saúde mental, a mortalidade infantil e os novos investimentos na área

“Estamos construindo, planejando e melhorando a saúde da cidade cada vez mais”

A edição do Diário Itaquá desta sexta-feira (24 de março) traz nesta Entrevista Especial a secretária de Saúde de Itaquaquecetuba, Ariana Julião. Integrante do secretariado do prefeito Eduardo Boigues desde 2022, a chefe da pasta falou dos avanços promovidos sob sua gestão, além dos desafios enfrentados pelo Poder Público.

DIÁRIO ITAQUÁ

Desde o início de seu trabalho à frente da Saúde de Itaquaquecetuba, quais são os avanços que foram obtidos para a comunidade na área?

ARIANA JULIÃO: Conseguimos começar as reformas e informatização de todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e após anos de espera, as obras das unidades do Josely, Pequeno Coração e Fortuna foram retomadas, além das UBSs Marengo e Caiuby, que já foram entregues. A cidade também ganhou o primeiro Centro de Saúde Infantil e o primeiro Centro de Atenção Psicossocial de sua história.
Com a carreta Mais Exames Itaquá, o município vai zerar a fila de 10 mil exames de ultrassonografia e 500 cirurgias de catarata. Além disso, novos médicos, entre pediatras, ginecologistas e clínicos gerais, foram contratados para melhorar e agilizar o atendimento das unidades.
Por falar em melhoria no atendimento, o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS) assumiu a gestão das três unidades de urgência e emergência e os munícipes já notaram a diferença. Só no CSI, a aprovação dos usuários foi de 98% na pesquisa feita pela terceirizada.

DIÁRIO ITAQUÁ

Após dois anos de governo com a nova gestão municipal, como você avalia a situação da saúde de Itaquaquecetuba?

ARIANA: No início da gestão, tínhamos uma saúde precária, com falta de insumos, de RH e de elementos para agendamentos como um todo. Hoje estamos em outro momento. Conseguimos melhorar nossos indicadores, ampliar a oferta de exames, consultas especializadas e cirurgias. Ainda que sejam obrigações do Governo do Estado, tivemos um grande avanço com recursos do município. Um exemplo a ser dado foram as filas zeradas de cirurgia de vasectomia, colocação de DIU, exames laboratoriais, exames de USG e o mais recente, o mutirão de cirurgias de catarata. Essas filas já existiam há muitos anos, todas neste momento estão zeradas no município.

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A população sempre demanda por melhorias nos equipamentos de Saúde Pública. Itaquaquecetuba, segundo levantamento do IBGE, possui 24 equipamentos do SUS. Este número procede à realidade? Qual é a oferta de serviços de saúde no município, e na sua visão, ela está adequada à demanda?

ARIANA: Itaquaquecetuba possui atualmente 26 equipamentos de saúde. Ofertamos serviços de atenção básica em 17 unidades, sendo 11 UBSs e seis unidades de Estratégia Saúde da Família. Também atendemos urgência e emergência em quatro unidades (UPA, CS 24 Horas, CSI e SAMU), na atenção especializada temos quatro unidades (SAE, Centro de Especialidades, Ambulatório de Saúde Mental e CAPS II), e uma unidade do Centro de Controle de Zoonoses.
Mesmo diante de todas essas estruturas, a oferta ainda não está adequada à demanda do município, pois temos 379.082 habitantes segundo estimativa do IBGE 2022, que pode aumentar consideravelmente na atualização do Censo em 2023. Além disso, temos baixa cobertura de atenção básica no município de cerca de 34% da população. Dessa forma, Itaquá vem se estruturando para ampliar a rede de assistência para qualificar os serviços prestados à população.

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A mortalidade infantil é, em muitos casos, uma estatística que influencia outras políticas públicas, investimentos ou mesmo a imagem do município no cenário regional e nacional. A última variante da cidade aponta 13,24 óbitos por mil nascidos vivos, o que está acima se comparado com outros municípios como Mogi das Cruzes, Poá, Ferraz de Vasconcelos. Como o município vem abordando esta questão que é sempre complexa?

ARIANA: Conforme estudos do Comitê de Investigação do Óbito Materno Infantil, as principais causas de mortalidade estão relacionadas às questões de vulnerabilidade social e a adequada adesão das gestantes aos cuidados no pré-natal. Baseado nisso, nossa Secretaria de Saúde conta com estratégias voltadas ao fortalecimento do pré-natal nas unidades e ações de imunização. Para enfrentamento dessa questão complexa, em 2022 iniciamos um projeto de enfrentamento da mortalidade materno infantil em conjunto com os programas de fortalecimento do pré-natal.
Temos o “Mãe Itaquaquecetubense”, fizemos a ampliação do ambulatório de pré-natal de alto risco com equipe multidisciplinar, tivemos o aumento da oferta de exames e a elaboração de projetos importantes, como o de prevenção de acidentes e primeiros socorros à criança na primeira infância, o “Mãe instruída salva uma vida”.
Já em 2023, foi iniciada parceria com a Secretaria de Educação para acompanharmos de perto o controle vacinal de todas as crianças menores de cinco anos matriculadas na rede de ensino municipal.

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O SUS é formado por participação federal, estadual e municipal na composição de seu orçamento e de suas atribuições, mas o morador mora primeiramente na cidade e é nela que ele faz suas demandas, como no caso da Saúde. Como o município vem acompanhando a fila de espera em especialidades médicas, procedimentos como hemodiálise e outros, e está lidando com essas demandas?

ARIANA: O município depende 90% da oferta do Estado para a demanda de média e alta complexidade. A fila é inserida no Cadastro de Demanda por Recurso, do sistema CROSS, e é agendado conforme disponibilidade de vagas no sistema.
As especialidades cirúrgicas tiveram uma grande oferta em 2022 com o mutirão de cirurgias eletivas da Secretaria de Estado da Saúde em parceria com o Ministério da Saúde, que será realizado novamente em 2023.
Com relação à hemodiálise, por ser um procedimento de alta complexidade oferecido pelo Estado, a fila é gerenciada pela Diretoria Regional de Saúde da Grande São Paulo, a qual o município faz parte ao lado de outros municípios do Alto Tietê.

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Recentemente o município entregou um novo equipamento voltado para a saúde mental. Este é um setor que, em muitos casos, funciona em parceria com a Assistência e Desenvolvimento Social, por envolver diversos fatores. Como o município está abordando a questão do atendimento de saúde mental na cidade, e como pretende avançar nesta questão?

ARIANA: As equipes de Saúde Mental estão em constante contato com as equipes da Secretaria de Desenvolvimento Social, em especial o CREAS. São realizados atendimentos em conjunto, buscando adequar as condutas e atender as necessidades da população no que tange a cada uma das pastas. Atualmente oferecemos o atendimento de Saúde Mental no Ambulatório de Saúde Mental, no CAPS, no Centro de Especialidades e nas UBSs Jd Caiuby, Maragogipe, Jardim do Carmo e Jardim Odete.
O equipamento inaugurado atende exclusivamente pacientes que estavam internados em hospitais psiquiátricos há anos, a partir de uma lista pré-determinada pela Secretaria de Estado da Saúde, com número restrito, não havendo novas vagas. Existe, entretanto, a previsão da inauguração de novos equipamentos em Saúde Mental, principalmente voltado para o atendimento de crianças e adolescentes, mas sem data acertada.

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A metade de um mandato de prefeito sempre é emblemática por conta da possível mudança na gestão estadual e federal. Com as mudanças no comando federal e estadual, como a Secretaria de Saúde de Itaquá pretende avançar em seus planos?

ARIANA: O governo municipal vê com bons olhos os novos governos que assumiram, tanto estadual como federal, e acredito que haverá uma ampliação de serviços e parcerias entre eles e a nossa prefeitura. O prefeito Eduardo Boigues tem trabalhado, desde o primeiro dia de gestão, focado em administrar ao lado de parceiros e aliados, construindo boas relações, seja no Governo Federal, no Governo do Estado ou nas casas legislativas. Exemplo disso é que a cidade voltou ao mapa político de São Paulo.

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Como a Prefeitura pretende investir, nos próximos anos, em saúde preventiva junto à comunidade? Existe algum projeto em elaboração, votação ou implantação que possa ser tratado com destaque pela pasta da Saúde?

ARIANA: Podemos destacar que o maior orçamento da história da cidade na área da saúde está sendo na gestão do prefeito Eduardo Boigues. Essa pauta de ações preventivas tem sido uma prioridade desde o primeiro dia de governo, com diversas ações e campanhas que a secretaria tem coordenado e tem feito também um plano de ação em que várias atividades serão realizadas ao longo dos próximos anos.

DIÁRIO ITAQUÁ

Qual é a marca que a Secretaria de Saúde e a Prefeitura de Itaquaquecetuba pretendem deixar para a população ao final deste ano?

ARIANA: Deixaremos um legado que apesar de todas as nossas dificuldades em termos de financiamento por parte dos entes federal e estadual, nós, enquanto município, estamos fazendo a nossa parte. Estamos construindo, planejando e melhorando a saúde da cidade cada vez mais. Não é fácil, sabemos que temos muito a melhorar, mas muito também já foi feito. Estamos transformando a vida de cada cidadão. Saúde é e seguirá sendo a nossa prioridade.

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