Operação atenderá todos os municípios do consórcio do Alto Tietê para reaproveitamento de resíduos da construção civil
O Consórcio de Municípios do Alto Tietê (Condemat) começou nesta semana, em Mogi das Cruzes, as operações da usina móvel de reciclagem para resíduos da construção civil (RCC). O equipamento móvel é destinado a viabilizar a reutilização de entulho para ações de zeladoria e infraestrutura urbana. O início das operações para 1,3 mil metros cúbicos de entulho de construção civil aconteceu nesta terça-feira (2 de maio), e contou com a presença do prefeito Caio Cunha.
O consórcio estima, com base no Plano de Resíduos Sólidos do Estado de 2010, que as cidades da região geram mais de 36 mil toneladas de entulho – restos de concreto, blocos e afins – por dia, provenientes de reformas, reparos, demolições e construções. Em Mogi das Cruzes, a usina móvel de reciclagem atuou na recuperação de 1,3 mil m³ de entulho, provenientes da demolição de um prédio público, ocorrida recentemente na cidade.
O Alto Tietê foi a primeira região do Estado a ser contemplada com a usina móvel, com investimento de R$3,2 milhões que foi viabilizada pelo Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição (Fecop). O equipamento é composto por um caminhão e um equipamento de trituração capaz de trabalhar de 80 a 100 toneladas de material por hora. Em suas laterais, a usina pode ser transformada em tela de cinema para exibição de filmes e oficinas de educação ambiental para alunos.
Caio Cunha, que também é presidente do Condemat, reforçou que a gestão integrada dos resíduos de construção faz parte das frentes de atuação do consórcio. “A gestão dos materiais é um grande desafio das prefeituras. Este trabalho integrado nos garante maior efetividade no combate ao descarte irregular, na preservação do meio ambiente e do bem-estar da população”.
A expectativa é de que o equipamento atenda de forma itinerante todas as cidades integrantes do consórcio que não possuem o serviço, proporcionando o tratamento e destinação correta dos materiais, à exceção de Guarulhos.
Paralelamente, segundo a direção do Condemat, as cidades trabalham na ampliação dos ecopontos para que a população prossiga com o descarte de maneira adequada.