A partir dos vídeos na internet, o jovem de Itaquaquecetuba começou a buscar novos investimentos e oportunidades, e busca se estabelecer como empresário da nova geração
A carreira de influenciador digital, em muitos casos, representa o início de uma nova trajetória para muitas pessoas, em busca da fama, do sucesso financeiro e do reconhecimento pelo público. Mas, para Vinícius Brito, o Vini Brito (@eaevinibrito no Instagram), foi o pontapé inicial de uma nova jornada.
Para além dos perfis nas redes sociais, Vini Brito une sua exposição com os negócios criados nos últimos anos: da criação de um podcast sobre música e estilo, lojas de cigarros eletrônicos, jóias e a sociedade em um novo bar no centro de Poá, além de planos para o futuro para impulsionar suas marcas e ajudar outras pessoas a empreender na nova economia digital.
O Diário Itaquá conversou nesta semana com o jovem influenciador digital que falou um pouco sobre seu início e como aliou o contato com o que está em evidência, e os planos para o futuro, dentro e fora da internet.
DIÁRIO ITAQUÁ
Primeiramente, queríamos saber como começou essa jornada que junta negócios dentro e fora da internet. Como foi o primeiro estalo?
VINICIUS BRITO: Eu comecei a trabalhar com internet em 2017. Meu pai tinha uma concessionária, trabalhava pra ele lavando carros e ganhando R$150 por semana. Pensei que não era vida pra mim, e fui atrás de algo que era pra mim. Comecei entrando no mundo da internet, fazendo vídeos para o Youtube, e em 2018 hackearam meu canal, tinha mais de 1 milhão de acessos, mais de 30 mil inscritos e foi um baque pra mim. De 2018 a 2021 voltei a trabalhar na concessionária, mas com um dinheiro a mais. Mas, em maio de 2021 meu pai foi assassinado. Foi uma experiência traumática, achei que ali seria o fim de tudo.
DIÁRIO ITAQUÁ
Mas não foi, e você começou um novo capítulo na sua vida depois disso.
VINI: Em agosto daquele ano, eu resolvi voltar para o Youtube. Fui para a Santa Ifigênia, comprei uma câmera e um tripé, e me ofereceram um microfone em promoção, que era para podcasts. Não tinha nada planejado, comprei os itens e abri o podcast. Foi um sucesso, mas em março do ano seguinte roubaram meu equipamento, e busquei novos rumos. Comecei a vender os pods, deu muito certo e me tornei líder de venda na região. Juntei mais um dinheiro, consegui abrir a loja de jóias. Há três semanas, entrei na sociedade do “Boteco dos Amigos em Poá”, e tudo está dando certo de novo.
DIÁRIO ITAQUÁ
Há uma ligação muito forte entre o que está na rua e o que está na rede. É algo que roda muito, e como é algo em tempo integral – como fica essa relação entre a pessoa das redes e a pessoa fora delas, o empresário?
VINI: O que eu posto no Instagram acaba não sendo 10% da nossa vida real. Das viagens, dos carros e tudo – quem está offline sabe que é uma vida muito intensa. Mas meu pai me ensinou muito e, hoje com 18 anos, estou cuidando das empresas tranquilamente, com funcionários ajudando. As redes sociais já foram uma grande parte na minha vida, de 2017 a 2021 era quando tinha um grande vínculo com o público, e a Internet agregou. Hoje se tornou uma plataforma para abrir outras portas.
DIÁRIO ITAQUÁ
Você tem uma ligação com o que é tendência, e queria que falasse sobre essa relação – você foi inclusive amigo do MC Kevin (cantor de rap, falecido em maio de 2021).
VINI: O Kevin era um grande amigo do meu pai e eu tinha contato com ele. E, em maio, num espaço de onze dias, os dois morreram. Nesses onze dias, nos aproximamos mais, e iríamos fazer uma homenagem para meu pai. Ele foi um grande amigo.
DIÁRIO ITAQUÁ
O seu mais recente investimento, o Boteco dos Amigos, vem ganhando destaque nas suas redes como um novo ponto de lazer na cidade de Poá. E você acaba trazendo novidades para a cidade e para a região.
VINI: Sempre busquei investir nas coisas que eu gosto, e nas coisas que as pessoas que eu conheço gosto. Foi assim com os pods, sempre gostei de usar jóias, acabo sendo a vitrine dos meus produtos. Sempre gostei do rolê, de me juntar com os amigos e a galera, e agora posso ter minha balada e posso me juntar com eles e eles vão gastar no meu bar. Essa é a proposta, vamos trocar tudo, dia 10 vamos fazer a pré-inauguração do espaço renovado.
DIÁRIO ITAQUÁ
Você também recentemente anunciou um novo projeto, o “Jogada de Mestre”, um curso para empreendedorismo. Qual é o diferencial que ele traz?
VINI: O projeto está 70% pronto. Todos estes cursos que vendem na internet sobre lançamento de empreendedores são iguais, e temos que procurar um diferencial, já que pedem sempre um grande investimento inicial. Nossa abordagem é com o comércio online – vamos ensinar pelo mundo online, para trabalhar fora das lojas físicas.
DIÁRIO ITAQUÁ
O podcast “Os Lek”, você pretende retomar?
VINI: A gente vai estar no Rodeio de Itaquá, vamos levar o podcast e cobrir a festa, conversar com os artistas. Neste ano, se tudo der certo, voltaremos com tudo.
DIÁRIO ITAQUÁ
Todos possuem planos e metas para o futuro. O que está na sua mira para 2023, para o ano que vem?
VINI: Além do podcast e dos comércios, quero abrir uma nova loja de carros, e seguir os passos do meu pai. Eu também estou estudando estratégias para abrir uma nova unidade no litoral, com uma nova proposta. E, se der certo, vai estar funcionando na metade do ano que vem.