Reservatórios da região entram no mês de julho com 72% da capacidade total, 12% a mais que no ano passado
O Alto Tietê entrou neste inverno com uma possibilidade menor de sofrer com a queda das chuvas nos meses de inverno sobre os principais reservatórios de água potável, segundo levantamento do Diário Itaquá junto à Companhia Paulista de Saneamento Básico (Sabesp).
Segundo o Portal dos Mananciais, que é uma ferramenta que informa diariamente o nível dos principais sistemas produtores de água do Estado, o Sistema Produtor do Alto Tietê (Spat) contava com 72,04% de sua capacidade no dia 1º de julho, com um total de 403 hectômetros cúbicos de água (hm³). Cada hectômetro cúbico equivale a um bilhão de litros de água.
Em 2022, o mesmo sistema produtor que abastece as cidades do Alto Tietê possuía como reservas 334,37 hm³, o equivalente a 59,86% de sua capacidade. Nos dois meses e meio seguintes, o consumo e a falta de chuvas reduziu os reservatórios para o patamar agregado de 269,84 hm³, ou 48,16%.
O Sistema Produtor Alto Tietê é composto por cinco represas, instaladas nas cidades de Salesópolis, Mogi das Cruzes e Biritiba-Mirim: Paraitinga, Ponte Nova, Biritiba, Jundiaí e Taiaçupeba.
Procurada pela reportagem, a Sabesp informou que os meses de abril a setembro levam à redução natural no volume dos mananciais, mas que é recuperada entre outubro e março, no período de chuvas, e que o volume armazenado em 2023 é satisfatório devido às chuvas do último verão.
“Os mananciais se encontram em níveis satisfatórios, permitindo o atendimento dos sistemas produtores, mesmo durante os períodos mais quentes do ano”, declarou a empresa em nota.
A Sabesp também reforçou que, visando manter o fornecimento de água para a população, investiu em 2022 cerca de R$40 milhões na ampliação e melhorias dos sistemas de abastecimento nas cidades da região, além do Programa de Redução de Perdas.