IGP-M tem deflação de 5,15% no acumulado do ano, e demonstra recuperação na economia brasileira
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentou que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), responsável pelo reajuste no preço de aluguéis, teve queda pelo quarto mês seguido, recuando 0,72%. O acumulado no ano é de deflação (queda de preços) de 5,15%, e de 7,72% em doze meses.
O IGP-M é a média de três índices de preços que medem a inflação no país: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), Índice de Preço ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que revela o comportamento dos preços de produtos e serviços ligados à habitação e construção civil.
O relatório apresentado pela entidade mostra uma continuidade no viés de desinflação na economia brasileira, sendo que em julho de 2022 o IGP-M apresentava um acumulado de 12 meses de 10,08%.
Nas contas da FGV, o IPA foi o que mais pressionou para baixo o IGP-M, com saldo de -1,05%. O IPC teve variação positiva de 0,11%, e o INCC teve variação de 0,06%, depois de ter alta de 0,85% em junho.
Segundo André Braz, coordenador da pesquisa, a intensidade dos movimentos vem diminuindo, devido ao reajuste de preços como minério de ferro, suínos e milho no IPA. No IPC, a maior variação veio do grupo de transportes, com o aumento da gasolina.
O IGP-M é conhecido como “Inflação do Aluguel”, por ser usado para o reajuste anual dos contratos de moradia. Ele também é usado para indexador de contratos de empresas de serviços, como energia elétrica, telefonia, educação e planos de saúde.