Reunião levou em consideração a região como um dos principais polos agrícolas do país, com faturamento anual de R$1 bi
O Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) promoveu uma reunião com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) para o desenvolvimento de ações que ampliem a participação da agricultura familiar nos programas públicos de alimentação das cidades da região.
O encontro entre os representantes das cidades integrantes do grupo suprarregional foi alusivo ao Dia do Agricultor, com o tema “Agricultura Familiar: Fortalecimento da cadeia produtiva e incentivo à alimentação saudável”, que discutiu os caminhos para incentivar a compra de alimentos junto aos produtores da região.
A reunião levou em consideração a região do Alto Tietê como um dos principais polos agrícolas do país, com faturamento anual de R$1 bilhão. Também foram abordados os dados do Anuário Estatístico da Agricultura Familiar 2023, elaborado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com a agricultura familiar brasileira como a oitava maior produtora mundial de alimentos.
Dentre as ações que estimulam a compra de alimentos da agricultura familiar estão o Programa Nacional de Aquisição de Alimentos (PAA), o Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social (PPAIS) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que define que 30% dos recursos da merenda escolar devem ser encaminhados para produtores familiares.
O desafio, segundo a coordenadora-adjunta da Câmara Técnica de Educação, Silvana Nascimento, é formalizar os agricultores para que possam acessar aos programas. “Cabe ao Poder Público fomentar isso, dando a oportunidade de cumprir o PNAE e, quem sabe, chegar a 100% da alimentação escolar proveniente da agricultura familiar”, declarou.
O presidente do Condemat e prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha, reforçou que o tema não aborda apenas a questão do abastecimento, mas ajuda a girar a economia regional, oferecendo alimentos mais saudáveis. “Há tantos programas que incentivam a aquisição de produtos que é preciso tanto a preparação, visão e sensibilidade do Poder Público e dos próprios produtores”, destacou.
