Narrativa trabalha o viés da diversidade sexual e de gênero, dilemas sociais e políticos diante das relações do cotidiano
O curta-metragem “Nunca Estarei Lá”, do mogiano Rodrigo Campos, foi premiado no final de julho no Festival Internacional de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero de Goiás, o “Digo”, realizado na cidade de Goiânia. O filme foi premiado nas categorias Melhor Curta-Metragem Nacional e Melhor Roteiro.
A produção contou com o apoio da Lei de Incentivo à Cultura (LIC) de Mogi das Cruzes, e competiu com outras oito produções, como “Fantasma Neon” de Leonardo Martinelli e “Adão, Eva e o Fruto Proibido” de Danny Barbosa.
Lançado em outubro do ano passado, a história conta a trajetória de três jovens que moram no centro de São Paulo e, com a influência das mídias digitais, suas vidas se cruzam sob o contexto das eleições presidenciais de 2018. A narrativa trabalha o viés da diversidade sexual e de gênero, dilemas sociais e políticos diante da digitalização das relações do cotidiano, com uma reviravolta no final.
A produção contou com 60% de participantes do Alto Tietê, com grande parte financiada pela LIC. O cineasta reforçou que o reconhecimento da crítica é gratificante para os produtores culturais da região.
“Ganhar dois prêmios em um festival tão importante como o Digo, por ser um evento internacional e de referência sobre a temática LGBTQIA+, além de competir com outros curtas amplamente premiados, chancela a produção como de alto nível”, apontou Rodrigo Campos.
O diretor, que trabalhou no documentário “Serráqueos”, que relatou as vidas dos moradores da Serra do Itapeti em Mogi das Cruzes, vem trabalhando em outras duas produções: “Tietê: Águas Verdadeiras”, documentário longa-metragem que investiga o Rio Tietê até o limite entre Mogi e Suzano, e o curta-metragem de ficção “Abelha Rainha”, sobre histórias de jovens que vivem no interior paulista.