Relatório mensal aponta que custo básico com alimentação varia de R$532 a R$747 entre capitais do País
O levantamento mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontou que o preço da cesta básica de alimentos teve queda em 14 das 17 capitais pesquisadas, na comparação com os números de agosto deste ano.
Segundo o Dieese, as maiores quedas foram registradas nas cidades de Brasília/DF (-4,03%), Porto Alegre/RS (-2,4%), e Campo Grande/MS (-2,3%), enquanto que as cidades de Vitória/ES (+3,1%), Natal/RN (3%) e Florianópolis/SC (0,5%) foram as que mais tiveram aumento no custo para a alimentação.
Na comparação da cesta básica de setembro de 2023 com o mesmo mês em 2022, houve queda em oito capitais, com oscilações entre -4,9% e -0,3%, e nove capitais com elevação, sendo Fortaleza/CE a com maior aumento, de 3,1%. No acumulado do ano, o custo da teve queda em 12 capitais, sendo Goiânia/GO a com maior declínio, com 10,4%.
Florianópolis, segundo matéria da Agência Brasil, foi a capital com o maior custo médio da cesta básica, chegando a R$747,64 – seguida por Porto Alegre (R$741,71) e São Paulo (R$734,77). A cidade com o menor valor foi Aracaju, com R$532,34.
O Dieese aponta que, com base na cesta básica mais cara e levando em consideração a determinação constitucional que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas da família de um trabalhador com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o valor do salário mínimo deveria ter sido de R$6,2 mil, o que equivale a 4,76 vezes o atual piso salarial nacional.
Dentre os produtos acompanhados pelo levantamento do Dieese, a carne bovina teve queda em 15 capitais; o leite integral e manteiga em 14, enquanto que o feijão carioquinha caiu em todos os locais pesquisados. O café em pó caiu em 13 capitais, e a batata recuou o preço em dez cidades no Centro-Sul do país. Já o arroz agulhinha foi o “vilão”, com aumento de preço em 15 capitais.