Secretários Samuel Oliveira e Afrânio Evaristo, acompanhados da diretora Eliene Coelho, compartilharam informações sobre as iniciativas em andamento em Suzano
A Prefeitura de Suzano apresentou durante audiência pública promovida pela Câmara de Vereadores, na última segunda-feira à noite (04/03), as ações de combate às fortes chuvas que estão sendo implementadas na cidade. Os secretários de municipais de Manutenção e Serviços Urbanos, Samuel Oliveira, e de Segurança Cidadã, Afrânio Evaristo da Silva, acompanhados da diretora de Planejamento Territorial da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação, Eliene Coelho, compartilharam as iniciativas em andamento com o objetivo de evitar o transbordamento dos rios em dias de temporais. O vereador Márcio Alexandre de Souza, o Márcio Malt, conduziu a atividade.
A sessão foi acompanhada pelos parlamentares Artur Takayama; Jaime Siunte; Max Eleno Benedito, o Max do Futebol; e Gerice Lione. Por parte da prefeitura participaram o diretor da Defesa Civil, Antônio Wenzler; os diretores da pasta de Manutenção e Serviços Urbanos, Hamilton Peixoto e Ari Santos; e o assessor estratégico da Diretoria de Obras da pasta, Ricardo Kadayan. A audiência foi prestigiada também por moradores dos bairros Jardim Fernandes, Jardim Carmem, Jardim Belém, Jardim Nazareth e Jardim Quaresmeira II.
A diretora Eliene Coelho explicou os detalhes do Plano Municipal de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais de Suzano, disponível pelo link pmdmap.suzano.sp.gov.br, que colaborou com a identificação dos locais mais suscetíveis às cheias e as intervenções indicadas em cada caso. Ela revelou como foi definido o diagnóstico e a metodologia de trabalho relacionada à macro e microdrenagem no município para que pudessem ser pleiteados junto ao Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) os investimentos destinados às obras estruturais necessárias para evitar os transbordamentos. “O Fehidro não destina recursos para municípios que não tem um Plano de Drenagem. Por isso, trabalhamos nesse documento desde 2018 e agora temos um importante instrumento, que é referência para as medidas que estão sendo implementadas”, pontuou.
Obras estruturais
Segundo informou Oliveira, o Plano de Drenagem concluiu pela recomendação da implantação de toda a obra de macrodrenagem no rio Una, com a implantação de um reservatório de amortecimento para as cheias do corpo d’água. Ele informou que está previsto para o primeiro semestre deste ano a licitação que definirá a empresa responsável pelo projeto executivo e execução dos serviços. Serão investidos R$ 18.997.081,12, sendo R$ 17.091.100,63 de recursos do Fehidro, e R$ 1.905.980,49 de contrapartida da prefeitura. O prazo estimado de conclusão dos trabalhos é de 18 meses. “Será uma intervenção muito relevante para a cidade, que garantirá uma estrutura de reservação neste ponto da cidade, contribuindo imensamente para o combate às cheias”, afirmou o secretário de Manutenção e Serviços Urbanos.
Oliveira destacou que também será definido neste ano o “Projeto Básico e Executivo do Sistema de Controle de Inundações nos bairros Parque Maria Helena e Vila Maluf”. Por esse instrumento serão avaliados os critérios mais relevantes para a escolha da alternativa de intervenção a ser proposta, como aqueles relacionados à eficiência hidráulica, que mede a capacidade de mitigar as inundações; a disponibilidade de áreas para a implantação e a natureza das áreas; os custos de implantação; os custos de manutenção e operação; e os custos de realocação e desapropriação. A administração municipal contará com o aporte de R$ 6.500.872,87 do Fehidro para o desenvolvimento desse trabalho, que será complementado por mais R$ 722.754,60 de contrapartida da prefeitura. “Buscaremos uma alternativa viável para os dois bairros, situados em cotas inferiores a do rio Tietê. Por isso temos de levar em consideração essa característica local”, frisou o chefe da pasta.
As ações que já foram iniciadas, em relação a conjunto de obras estruturais desenvolvidas com apoio do governo do Estado, são as de desassoreamento do rio Tietê em Suzano, por meio do programa “IntegraTietê”, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística. Neste projeto, que começou na segunda quinzena de dezembro do ano passado, dois trechos foram contemplados: o primeiro deles tem 14,9 quilômetros de extensão e parte do ribeirão Taiaçupeba-Mirim até o limite de Itaquaquecetuba com Poá. A previsão é de que sejam removidos cerca de 315 mil metros cúbicos (m³) de sedimentos e 7,2 toneladas de vegetação aquática neste local. Já o segundo possui 13,3 quilômetros, saindo da foz do mesmo rio até o córrego Ipiranga, na vizinha Mogi das Cruzes. A expectativa é de que sejam removidos aproximadamente 280 mil m³ de sedimentos e 1,4 tonelada de vegetação. No total, o processo deverá retirar 595 mil m³ de sedimentos, o equivalente ao trabalho de 35 mil caminhões basculantes de 17 m³ cada.
