Reservatórios do Alto Tietê sobem 5% em um mês, mas estão 21% menores que há um ano
As chuvas que estão atingindo o Estado no final deste mês representaram não apenas a atenção das autoridades às áreas urbanas, mas também causaram apreensão junto à população pela situação dos reservatórios hídricos espalhados pela região no Sistema Produtor Alto Tietê (Spat).
O Diário Itaquá apurou junto aos dados oficiais da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) sobre o nível das cinco represas instaladas na região: Paraitinga, Ponte Nova, Biritiba, Jundiaí e Taiaçupeba, instaladas nas cidades de Salesópolis, Biritiba-Mirim, Mogi das Cruzes e Suzano. A constatação é de que, embora as chuvas tenham contribuído para a elevação dos níveis, as represas seguem com um patamar abaixo do que foi apresentado no final de 2024.
Segundo dados da Sabesp, o volume de todo o Sistema Produtor do Alto Tietê chegou, ao dia 30 de janeiro, com 236,96 hectômetro cúbicos (cada hectômetro cúbico equivale a um bilhão de litros de água), ou 42,29% da capacidade conjunta – um aumento de 16 hm³ na comparação com o dia 30 de dezembro (210,57 bilhões de litros – 37,58%). No entanto, em 30 de janeiro de 2024, a média dos cinco reservatórios era de 63,67%, com 356,7 hm³ – uma diferença de 119,8 bilhões de litros.
Ao analisar individualmente os reservatórios do Spat, a represa que teve a maior variação foi a Ponte Nova, localizada no limite entre Salesópolis e Biritiba-Mirim. Embora tenha recebido aumento de 7,2 hm³, ainda teve uma perda de 92,3 bilhões de litros entre o final de janeiro de 2024 e agora.
Já o reservatório que teve a menor diferença entre volumes foi o de Paraitinga, em Salesópolis, que cresceu de 13,4 para 19,1 hm³ em 30 dias, mas em 30 de janeiro de 2024 o açude estava com 20,89 hm².